Carro velho





"Não, não te quero mais. Agora eu que decido aonde eu vou. Não, não, não suporto mais, prefiro andar sozinha como sou(...)"

Outro dia fui almoçar com uma amiga e tão logo acomodadas, começou a chuva de reclamações dela para com o namorado. Preparei meu arsenal de ‘Vocês já conversaram sobre isso?’, ‘Você está satisfeita?’, ‘É isso mesmo que você quer?’ antes de sair, pois sabia exatamente a pauta do encontro.

O que não sei exatamente é porque as pessoas insistem em continuar em relacionamentos que estão fadados a ir a pique. Como é que se sustenta durante, 2, 3, 5, 10 anos algo que ao menor tremor desaba. Posso não ser a melhor pessoa pra fazer a tal indagação, mesmo porque não sou ‘experiente’ em relacionamentos longos, mas acredito que seja lá qual for o motivo, ‘carregar o fardo’ por mais que às vezes nos seja de nossa escolha não é algo que nos é imposto.

Se são os incomodados que se retiram, porque tem tanta gente aí incomodada com o parceiro e ainda sim continua ‘acomodado’ no relacionamento?! Ninguém é obrigado a conviver, a dividir o mesmo teto, a se prender a alguém se os ‘contras’ são muito mais numerosos que os ‘prós’. A liberdade de ir e vir garante também a de ser e estar. É um direito meu, seu, nosso. Acho até que deveria ser previsto em constituição.

Da mesa onde estávamos no restaurante dava pra ver a rua e do outro lado estava um rapaz parado em frente ao capô aberto de um carro enquanto dentro dele alguém tentava fazê-lo funcionar. Savassi, 13h30min da tarde, trânsito caótico, pela cara do sujeito o carro dava problema e não era de hoje. Enquanto ouvia as queixas da minha amiga, fiquei imaginado as inúmeras queixas que o rapaz fazia do seu Polo Hacth. E pensei que a gente se permite mesmo só reclamar, fazendo um conserto aqui e outro ali, colocando ‘panos quentes’ como diria a minha avó, camuflando os problemas em nome de um ‘bem maior’ ou de uma ‘paz’ que na verdade são provisórios. No caso do carro, ótimo custo X benefício, economia de combustível, espaço interno e no caso do namoro paixão ardente, sexo excelente, ter com quem assistir filmes no domingo não justifica as ‘raivas’ que passamos. Nada pra mim justifica insatisfação voluntária.

Então, verdade seja dita e serve para os dois casos: namorado (a) é igual carro, se começou a dar problema demais é porque está na hora de trocar. Mesmo que pra isso a gente fique um tempo andando ‘à pé’.

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Postscriptum:
 
Caros amigos,
 
Sempre acho que o dia 02 demora a chegar, esse mês com tanto trabalho e tanta correria parece que minha inspiração se rebelou, sumiu e o dia 02 chegou como num passe de mágica, mas taí o post novo, espero que gostem!
 
(*) O erro 'crasso' da foto bem combina com o texto!
 
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Trilha Sonora:
 
Chega (Mart´nália_Mart'nália e Mombaça)
 

Comentários

Michelle disse…
Acho até que podia aumentar para de 15 em 15 dias.
É sério que eu fico a contar o calendário e acho também que um livro seria ótimo. FATO!
Bjus Flor.
Bailarina disse…
Ô Mih, já tá difícil pra postar uma vez por mês, que dirá de 15 em 15 dias!

Qdo ao livro...Hum, sei não, tenho 'bala-na-agulha' pra isso não, ainda tenho que beber demais na fonte das letras! kkkkk

Bjo e obrigada pelo carinho e pelas visitas sempre, flor!
Frederico Bernis disse…
bailarina,
tá lindo seu blog.
a cara e o conteúdo.
parabéns.
Anônimo disse…
This site is the most reliable internet site. . Cheers Glenn Prolonoff!
Liz disse…
O problema é que quem tá acostumado a andar de carro tem 'preguiça' de andar a pé.

Adorei o blog!

Abs,

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