Volver



‘Voltar quase sempre é partir para um outro lugar’
(Paulinho da Viola)
"Atenção senhores passageiros com destino à Belo Horizonte, embarque no portão 10". E lá estava eu, feliz da vida, voltando pra casa. Tenho o espírito livre, uma alma inquieta, ficar no mesmo lugar sempre foi uma tortura pra mim. Mas como todo ser de ‘sangue quente’, sinto falta da minha casa, da minha cidade, da minha vida, das pessoas, do clima, do ritmo, do espaço urbano - e um querido amigo diria: ‘que bonito isso’ - como quem sente falta de ar. E voltar é como um balão de oxigênio quando o ar se torna rarefeito e as paredes do quarto do hotel começam a me comprimir.
Por inúmeros motivos quis sair de BH por um tempo, descansar a imagem, já diria outra amiga. Foi tudo de última hora, 45 dias fora me pareciam 45 horas, falando assim, rapidamente. A proposta de trabalho veio a calhar, como um bote salva-vidas, pronto a me resgatar do meu naufrágio pessoal. Não hesitei em me segurar e ser levada, 2061 km de distância.
No entanto, voltar pra casa nunca me foi tão bom. A sensação de que voltei para o meu lugar nunca foi tão prazerosa. Os versos do mestre Paulinho da Viola fizeram enorme sentido pra mim, definitivamente, estou voltando para um outro lugar, mesmo que nada tenha de fato mudado. Acho que sãos aqueles óculos lá do início do ano, uma nova ótica, e isso é sempre muito bom.
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Postscriptum:

Caros amigos, o ritmo anda frenético. Acreditem ou não, já estava quase dormindo quando lembrei que hoje era dia 02 e que era dia de atualizar o blog, metódica que sou, peguei o Ulisses e aqui está: post novo!

Saudade imensa de todos,

Bailarina

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Trilha Sonora:

Samba do amor (Paulinho da Viola_Paulinho da Viola)

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