Bom Humor
“Nasci convocada para a alegria.”
[Marla de Queiroz]
Quer saber uma coisa que me dá
tesão?! Bom humor. Exatamente. Bom humor pra mim é afrodisíaco. Se o sujeito é
bem humorado, tem 50% de chance de me ver novamente. Os outros 50, se ele souber dançar, eu dou
casa, comida e roupa lavada. Eis aí o meu projeto de príncipe.
E quando eu falo de bom humor,
não tô falando daquela pessoa que dá bom dia pra árvore, acorda sorrindo, dorme
sorrindo e por aí vai. Sou realista, graças à Deus. Gosto de quem ri de si
mesmo, quem faz piada com o improvável, quem acorda de ressaca, mas acha graça
quando descobre que na correria de se aprontar trocou os pés das meias.
Tô falando de quem ri da própria
tragédia pessoal, de quem se ver na merda, fica puto, acende um cigarro, toma
uma cerveja e tenta achar uma solução. Tô falando de gente que prefere estar
feliz a ser feliz. Felicidade é sentimento transitório, alegria, esse sim, é
permanente. Tô falando de quem se atreve a dar a cara à tapa, de quem não
coloca o pesado fardo de ser feito feliz para outro alguém, de quem sabe, como
diria Caetano, a dor e a delícia de ser quem se é.
Bom humor, minha gente. Esse é o
tempero das relações. Muito mais que palavras bem ditas, gestos ensaiados, um
belo rosto e alguns trocados no bolso, bom humor é um aplicativo gratuito, pra
qualquer ‘sistema operacional’ e com atualização permanente. Porque não baixar
e começar a usar agora?!
Tão simples, tão fácil e tão despretensiosamente
encantador. Digo e repito: bom humor dá tensão, dá barato, dá choque, deveria
ser distribuído no posto de saúde, em doses cavalares, remédio contra todas as moléstias. A cura
para todo e qualquer mal.
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Trilha Sonora:
Blues da Piedade (Cazuza)
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