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Desapego

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“Então eu soltei a cordinha que te prendia ao meu dedo e te deixei voar...  Enfim leve, levíssima, quase flutuando.” [Karla Thayse] "Garçom! Uma dose de amnésia e duas de desapego, por favor."  [Caio Fernando Abreu] Quando minha cachorra morreu, chorei dias a fio. Durante anos aquele serzinho de 4 patas, mudo das palavras foi minha companhia fiel e sincera, até quando depois de uma bronca por ter destruído um chinelo ou qualquer coisa assim, deitava ao meu lado no sofá e colocava a cabeça sobre meu colo, como quem diz: Me perdoe – E eu perdoava, mesmo sabendo que ela faria novamente.  Descobri assim que apego é uma coisa complicada. Logo eu, que sempre preguei o desapego como estilo de vida me vi as voltas com seu oposto. Vivi nesses meus 28 anos inúmeras perdas, pessoas queridas que partiram, amores que passaram, amigos que foram do mesmo jeito que vieram, sofri cada uma dessas despedidas e por sua vez, cada um desses desapegos.  A gente se ape