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Mostrando postagens de novembro, 2010

O vestido

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"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar." (Clarice Lispector) Outro dia fui experimentar um vestido numa loja – 34, por favor! – Visto manequim 34 desde os 15 anos. Sou magra, mas confesso que só há uns 5 anos eu convivo bem com essa minha verdade. Não vou dizer que é algo que não me agrade, mas não vou dizer também que ser magra não me incomoda (e deve ter gente nesse momento, amaldiçoando até a minha nona geração por tal declaração). Incomoda sim, brasileira é tudo ‘ão’: bundão, pernão, peitão, coxão. Não estar dentro dessa estatística foi algo que me deixou com a pulga atrás da orelha durante praticamente toda a minha adolescência. Voltando a loja, eis que o 34 não serviu, na verdade ele nem entrou. - Então tá, trás o 36 que deve dar ! - Na verdade sei que nunca, nunca mesmo, vou fazer o tipo mulherão (o ‘ão’ aí é sinônimo de muito). Não sou (e nem sei ser) mulher de parar o trânsito, de fazer pescoços terem torcicolo por con