Coração de Duralex




Então, essa é a realidade! Tô com o coração em caquinhos, pequenos e difíceis de juntar. Fazer o quê?! Se apaixonar é uma roleta russa, às vezes dá certo, outras não. É um tiro no pé que dói, dói mesmo, dói muito e às vezes é difícil suportar tanta dor. Parece que vai faltar ar, faltar chão, faltar espaço, faltar o controle sobre a gente mesmo. Tudo isso porque falta, falta o amor do outro, a reciprocidade do outro, a mão do outro, a paixão do outro, falta o outro.

E por falar em ‘caquinhos’, lembrei daqueles copos DURALEX, que quando quebram se partem em diversos pedaços sem pontas que facilitam na hora de recolher. Será que tem jeito do meu coração ser de vidro DURALEX?! Se não tiver, tem jeito dele ao menos ser mais resistente na queda?! Porque o pior da ilusão é o tanto que a gente se machuca quando ela acaba, todas as outras coisas a gente passa por cima, dá um jeitinho de amenizar, mas quando se trata da gente, de recolher os nossos caquinhos, de se refazer, a coisa é bem mais complicada e o buraco?! Bem mais embaixo, já diria a minha avó.

Não adianta sua mãe, seus irmãos, seus amigos falarem, só a gente é que sabe o que se passa, onde, porque, por quem e quando dói. O resto é balela, frase feita, conversa-pra-boi-dormir. Essa história de que tudo passa, que um amor cura outro (e acredite, eu tentei!), que o tempo cura as feridas, nada mais é que senso comum! Claro que passa, claro que o tempo cura, mas o fato é que as coisas simplesmente deixam de ser o foco da situação, porque tudo é cíclico, tudo muda. E o que é importante hoje, amanhã já não é mais.

Apaixonada nos últimos dois anos, apaixonada hoje, daqui uma semana, um mês ou um ano. Um dia, essa paixão simplesmente se esvai, e eu estarei pronta para outra. O ruim é esse agora, esse durante, esse tempo abismal entre o hoje e o amanhã que parece uma eternidade. Ruim é saber que não há mais nada a ser feito por essa história e que a dor é inevitável, é saber que é possível, de certa forma, estar feliz sozinho. Ruim é saber que não tem jeito, meu coração não é igual aos copos DURALEX.

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Trilha Sonora:

Sem dizer adeus (Mart'nália_Moska)


Comentários

Rico Soares disse…
Engraçado que estamos em sintonia... Nao escrevi nada parecido - que texto perfeito! - o que voce escreveu, poderia plagiar e dizer que eu escrevi!!! mas eh melhor dizer como de praxe 'faço minhas as suas palavras' =) beijo!
TIAGO SÂNZIO disse…
é querida... dizer que as coisas passam num adianta mesmo... Para mim passou.. como vc disse. É cíclico né.. perde-se o foco. Viver de madrugada as vezes ajuda também... sei lá.. Complicado essas coisas do coração!!
beijos e muito samba pra gente!!
Késia Maximiano disse…
o meu é Inversamente proporcional ao Duralex: Resistencia Zero!!!

=/

Beeeijo, minha linda!
Jura Dita disse…
Oi Cinara!
Adorei nosso encontro ao vivo e a cores !
Vou te adicionar como " amiga da JURA DITA ".
Bjs Dany
Gabi disse…
Seu coração pode estar em frangalhos...partido em mil pedaços...mas o mundo não para pra que vc o conserte!!!!! Shakespeare tinha razão...
Lu´S disse…
Juntar os cacos as vezes é a unica coisa que se popde fazer... se não conseguir, espere, eu sei é chicle, mais a vida dá um jeito!
Palavras de qm ja pasosu por isso, e ainda sente!

(parabens pelo blog)
Lina disse…
Deixa quebrar e faz um mosaico. ;-)
muito de mim disse…
É...doi quando quebram o coração da gente... Quem me dera ter um coraçao de aço, que não quebrasse nem trincasse, nem ao menos sofresse, seria muito mais facil, e muito menos doloroso catar todos os pedaços e tentar colar outra vez! Saudade
Janaína S. disse…
É verdade. Cada um tem seu tempo de REcomeçar, se é que podemos dizer assim. Cada um cola os pedacinhos no seu tempo, se é que cola..
Porque de uma coisa eu sei, amor que é amor, não cura nem com o tempo. Mas a gente um dia consegue tirar ele do centro das atenções. Inclusive com outro amor.

Lindo aqui.

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