O tempo que antecipa os fins...
(Leia ao som de "Novamente", do Fred Martins) Fiz uma lista mental de tudo que era meu e precisava pegar.. Quase oito anos e meio transitando entre duas casas - acostumei a comprar tudo duplicado, assim não precisava ficar no leva e traz. Listadas foram só as coisas físicas, as emocionais, a gente sabe, não tem como pegar de volta. Elas se vão, desfeitas, assim como o relacionamento que se esvai, entre as palavras que precisavam ser ditas e tudo o que um fim traz. O último término antes desse certamente doeu mais. A gente vai ficando calejado em fechar ciclos. Mas não dá pra falar que não dói essa sensação estranha de, de repente, você voltar a ser o que sempre foi: avulso. E quando as pessoas, aquelas sempre mais sem noção, soltam um: cadê fulano? Como se fulano fosse um gêmeo siamês, unido desde o nascimento e apartado de você à força pelo fim do amor, a resposta é a cara que condena o inegável fato que o apego traz - não tem mais fulano. Enquanto isso, os olhares dos reca...