Love in the dark
(Leia ao som de Love in the dark , da Adele) Todo relacionamento começa no escuro, no desconhecido espaço do outro e tudo o que ele traz consigo. Raramente a gente avalia a carga disso, a gente pega nossas coisas, nosso espaço e pula, pula torcendo pra essa piscina não ser rasa. Amamos no escuro, neste confortável lugar onde a gente só precisa, de certa forma, se conectar. Nesse espaço-tempo onde o amor serve de amálgama, consolidando tantos outros sentimentos. O amor, esse ser resistente, persistente, insistente. Ele cresce no escuro, nas zonas abissais que a luz da clareza, da razão e do senso muitas vezes não entra. O amor cresce, floresce e perece. E aí não se pode mais amar, no fundo da piscina que nossos pés tocam. Naquele lugar onde o desconforto nos convida, gentil como um rinoceronte em fúria, a sair. Não dá tempo pra juntar tudo, se pega o essencial, às vezes, nem isso. Então, se faz o movimento de volta à superfície, sem tempo pra descompressão, apenas de dar ao pulmão - q